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52. Livros que não podem faltar na biblioteca de um médium espírita?

Amai-vos e instruí-vos, assim nos disse o Espírito da Verdade em O Evangelho Segundo o Espiritismo. Para além do amor, Jesus – o Espírito da Verdade – nos incitou à busca pela instrução. Não é por coincidência que, ano após ano, somos agraciados com a publicação de diversas obras espíritas, sejam elas psicografadas ou fruto de pesquisas de autores sérios e respeitáveis. Até o presente momento, nenhuma outra doutrina ou filosofia dedicou tanta energia à difusão de livros como o Espiritismo.

Imagem colorida e de alta resolução de Allan Kardec, com um fundo escuro semelhante a uma lousa escolar. A imagem destaca o retrato de Kardec em um estilo detalhado e nítido.
Livros que não podem faltar na biblioteca de um médium espírita?

Como em todas as áreas do conhecimento, não tenhamos dúvidas que, apesar de existir uma infinidade de livros espíritas do mais alto teor moral e educativo, também encontraremos obras inaceitáveis, sem quaisquer fundamentos.



LIVROS INDICADOS POR KARDEC

 

Em Catálogo Racional das Obras para se Fundar uma Biblioteca Espírita (1869), Allan Kardec destaca uma série de livros que são essenciais para quem pretende iniciar seus estudos acerca do Espiritismo.


No capítulo primeiro, intitulado Obras Fundamentais da Doutrina Espírita, o codificador assevera que os livros básicos da doutrina são:


  1. O Livro dos Espíritos

  2. O Livro dos Médiuns

  3. O Evangelho Segundo o Espiritismo

  4. O Céu e o Inferno

  5. A Gênese

  6. O Que é o Espiritismo

  7. O Espiritismo na Sua Expressão Mais Simples

  8. Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas

  9. Caráter da Revelação Espírita

  10. Viagem Espírita em 1862

  11. Coleção Revista Espírita¹


Assim como uma construção precisa de pilares sólidos para ser estável, os espiritistas devem começar seus estudos pelos fundamentos principais da doutrina, isto é, as obras de Allan Kardec.


Baseando-se nos ensinamentos de Kardec, o leitor atento estará mais seguro e previdente diante do intercâmbio espiritual, bem como, mais apto para distinguir e separar o joio do trigo, o real do fantasioso, a essência da aparência (vide questão 02: Por que devemos iniciar nossos estudos de educação mediúnica através das obras de Kardec?)



OBRAS COMPLEMENTARES DA DOUTRINA ESPÍRITA


No capítulo segundo da obra acima citada – denominado Obras Diversas sobre o espiritismo (Ou Complementares da Doutrina) –, Kardec sugere alguns autores e livros secundários que podem auxiliar no aprofundamento do conhecimento espírita. Em síntese, destacamos abaixo alguns deles, tais como:


  1. Síntese da Doutrina Espírita por Florent Loth

  2. Deus na Natureza por C. Flammarin

  3. Revelações de Além Túmulos por Henri Dozon

  4. Estudo e Sessões Espíritas pelo doutor Houat

  5. História de Joana D´Arc ditada por ela mesma à senhorita Ermance Dufaux

  6. Cartas Sobre o Espiritismo pela Sra. J. – B

  7. Manifestações dos Espíritos por Paul Auguez

  8. Dos Espíritos e de Suas Manifestações Fluídicas por Mirville

  9. Pluralidade dos Mundos Habitados por C. Flammarion

  10. A Realidade dos Espíritos pelo barão de Guldenstubré

  11. O Espiritismo na Bíblia por H. Stecki

  12. As Mesas Girantes por Agénor Gasparin


Para além dos nomes já mencionados, pensadores como Léon Denis (cujo primeiro livro só fora publicado em 1885), Gabriel Delanne e Ernest Bozzano também desempenharam papéis cruciais na construção do conhecimento espírita. Ao lado de Allan Kardec, esses autores e suas respectivas obras – tidas como clássicas – são de imensa valia para o conhecimento espírita.


Complementando nossa lista, personalidades como Charles Richet, Sir William Crookes, Arthur Conan Doyle e Victor Hugo, de diferentes áreas do conhecimento, emprestaram seu prestígio e talento para lançar luz sobre o Espiritismo, contribuindo significativamente para a divulgação e compreensão da doutrina.

AUTORES E OBRAS BRASILEIRAS


Após a leitura e estudo das obras fundamentais de Kardec, seguido das obras secundárias da doutrina espírita acima descritas, chegamos às obras e autores brasileiros.


Na lista nacional, nomes como Chico Xavier, Divaldo Franco, Dr. Bezerra de Menezes, Hermínio C. Miranda, João Nunes Maia, Raul Teixeira, Yvonne do Amaral Pereira, Zilda Gama, dentre outros, tiveram papel significativo diante da expansão do espiritismo em solo brasileiro.


OBRAS CONTRA O ESPIRITISMO


Finalizando o capítulo terceiro do catálogo proposto por Kardec, encontraremos um tópico voltado para as obras contrárias ao espiritismo.


Sem aflição ou receio, o próprio codificador recomenda uma gama de obras que vão de encontro aos ensinos dos Espíritos superiores, asseverando que proibir um livro é dar mostras de que o tememos. O Espiritismo, longe de temer a divulgação dos escritos publicados contra ele e interditar sua leitura aos adeptos, chama a atenção destes e do público para tais obras, a fim de que possam julgar por comparação.


Desse modo, é justo relembrarmos o que asseverou o apóstolo Paulo aos Tessalonicenses, em sua primeira epístola: Examinai tudo: abraçai o que é bom. (I Tessalonicenses 5:21)


Este ensinamento é válido para todas as obras doutrinárias, independentemente do médium que as recebeu, do espírito que as assinou, da fama do palestrante ou da instituição que as divulgou.


Sendo assim, recomendamos aos adeptos da doutrina espírita que sempre baseiem seus estudos nas obras de Allan Kardec.


Somente através do estudo disciplinado das obras de Kardec, aliado ao exame rigoroso da razão e do bom senso, poderemos identificar o que é verdadeiramente oriundo dos Espíritos superiores e o que é fruto da contribuição anímica (opinião pessoal) do médium ou autor.


A vista disso, toda mensagem ou ensinamento espírita deve ser submetido a uma análise racional, lógica e rigorosa. Em suma, esse é um dos princípios ensinados e usado por Kardec no decorrer da codificação, conhecido como Controle Universal do Ensino dos Espíritos. (vide questão 44)



OBRAS DE KARDEC: POR ONDE COMEÇAR?


Encontraremos essa resposta em O Livro dos Médiuns, capítulo III. O codificador recomenda que, para obter uma compreensão preliminar através de suas obras, elas devem ser lidas na seguinte ordem:


1 - O que é o Espiritismo? 

2 - O Livro dos Espíritos

3 - O Livro dos Médiuns

4.º. A Revue Spirite (Revista Espírita)


Allan Kardec, na supracitada obra, ressalta que para se obter um entendimento abrangente sobre qualquer ciência, é essencial ler todo o material disponível sobre o tema, ou pelo menos os principais textos. Isso envolve não apenas a análise das obras de um único autor, mas também a consideração das críticas e defesas, e o estudo dos diversos sistemas, para que se possa fazer uma comparação e formar um julgamento bem fundamentado.



 


¹ Kardec catalogou e revisou as edições da Revista Espírita que vão de janeiro de 1858 a abril de 1869 (em um total de 12 volumes). As publicações posteriores não são de sua autoria ou responsabilidade.



 


Texto extraído do livro Mediunidade com Kardec de Patrick Lima.

Capítulo 5: Mentores Espirituais

Pergunta 52: Livros que não podem faltar na biblioteca de um médium espírita?

Como citar: LIMA, Patrick. Mediunidade com Kardec. Poverello Edições, 2023. 1ª ed.



 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Salvador Gentile. 21ª edição. Editora Boa Nova, 2017.

KARDEC, Allan. Catálogo Racional das Obras para se Fundar uma Biblioteca Espírita. Tradução de Julia Vidili. São Paulo: Madras, 2014. BÍBLIA DE JERUSALÉM. I Tessalonicenses 5:21. 14ª impressão. Editora PAULUS, 2017.

MAIA, João Nunes (psicografia). Médiuns. Miramez (espírito). Fonte Viva, 19ª edição, 2017.

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 9ª edição. Editora Boa Nova, 2004.

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