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18. Posso perder a mediunidade?

A mediunidade, assim como toda e qualquer faculdade que Deus nos permite ser o seu usufrutuário, pode nos ser retiradas, se assim não fizermos um bom uso delas.

Imagem colorida e de alta resolução de Allan Kardec, com um fundo escuro semelhante a uma lousa escolar. A imagem destaca o retrato de Kardec em um estilo detalhado e nítido.
Posso perder a mediunidade?

Somos privados dessas faculdades (seja por um curto período de tempo ou por várias reencarnações) até aprendermos a valorizar essas ferramentas que nos são emprestadas em favor do nosso progresso e adiantamento.


O que não valorizamos em uma vida, nos é retirado em uma próxima, ou até mesmo na atual existência. Não nos referimos aqui apenas à mediunidade, mas também a inteligência, o dom da oratória, da música, pintura e artes em geral, assim como todas as outras.



INTERMITÊNCIAS E SUSPENSÕES DA MEDIUNIDADE Allan Kardec já nos alertava em O Livro dos Médiuns que a faculdade mediúnica está sujeita a intermitências e a suspensões momentâneas, a depender de uma série de fatores.


Segundo os ensinos de Kardec extraídos da obra acima exposta, podemos concluir que:


1 ​– É frequente a perda ou suspensão da mediunidade, e isso independe do seu gênero ou categoria. 2 – Geralmente essa interrupção é momentânea, sendo restabelecida após cessar a causa que a iniciou.

3 – Para se obter uma comunicação mediúnica (ou quaisquer manifestações do gênero) é obrigatoriamente necessário o concurso e a intervenção direta dos Espíritos. Portanto, não é a mediunidade que desaparece, mas os Espíritos que – por diversos motivos – não querem ou não podem recorrer ao aparelho físico do médium. 4 – Os Espíritos elevados abandonam o concurso do médium a partir do momento em que este passa a usar indevidamente à sua mediunidade, utilizando-a para o seu próprio prazer, cobrando dinheiro ou favores para atender os que lhe procuram, fingindo comunicações que não são verdadeiras, fazendo adivinhações, brincadeiras, assim como tudo aquilo que é frívolo, ambicioso e ganancioso.


Nesse caso, os Espíritos elevados advertem e esclarecem o médium por diversas vezes e ao verem que seus conselhos não são escutados, abandona-o. A partir deste momento, o medianeiro invigilante abre as portas do seu aparelhamento físico para que os Espíritos inferiores o utilizem continuadamente.


5 ​– Em muitos casos, ao se afastarem, os Espíritos elevados privam o medianeiro de toda e qualquer comunicação mediúnica, tendo como objetivo ensiná-lo que a mediunidade não depende dele (médium), a fim de que ele não se envaideça e perceba que a mediunidade sem o concurso dos Espíritos é nula ou sem proveito.


6A perda ou suspensão da mediunidade não é sempre uma punição, podendo até mesmo ser uma prova de benevolência. Em certos casos, nosso anjo guardião nos priva de toda e qualquer manifestação mediúnica para dar-nos o repouso material que nos julga necessário, seja por estarmos doentes, exaustos, nos recuperando de uma cirurgia, etc.

7 – Pode ocorrer que o médium não se encontre necessitado de repouso físico, muito menos fazendo uso indevido da sua mediunidade e mesmo assim, ocorre à sua intermitência. Nesse caso, é a paciência, a honestidade e a perseverança do médium que está sendo provada, para ver se o medianeiro irá desanimar ou fingir comunicações falsas/inexistentes. Outras vezes é para que ele medite sobre as instruções que recebera. Sendo assim, uma das formas de abreviar essa interrupção é através da resignação e da prece.

8 – O afastamento da espiritualidade que nos assiste não significa que estamos sozinhos ou abandonados. Através do pensamento, mesmo com a falta da mediunidade ostensiva, o médium pode e deve continuar a conversar mentalmente com os Espíritos que lhe são caros, tendo a certeza de que é escutado pelo seu guia e protetor espiritual.



EM SÍNTESE

Em síntese, a perda ou suspensão da mediunidade pode ocorrer devido ao seu mau uso, problemas de saúde ou uma prova de paciência e resignação para o médium. Interrogando à sua consciência, analisando o seu dia a dia, o seu estado de saúde, assim como o uso que vem fazendo da mediunidade, o médium pode encontrar os motivos que levaram ao interrompimento da sua faculdade medianímica, assim como o afastamento dos bons Espíritos e a aproximação dos maus.



CUIDADOS MORAIS


A faculdade mediúnica necessita de cuidados próprios. Quando a faculdade mediúnica não recebe os devidos cuidados (principalmente os de aspecto moral) por parte do seu portador, ela não desaparece por completo.


Nesse caso, quando os Espíritos elevados percebem que suas advertências e esclarecimentos são ignorados repetidamente pelo médium invigilante, eles se afastam – respeitando as leis de causa e efeito, de sintonia e afinidade –, deixando o medianeiro a mercê dos Espíritos inferiores (que ele mesmo atraiu) e que passam a usar à sua faculdade para fins menos dignos.


Ao médium displicente perante a sua condição, é quase certo o seu padecimento via obsessão/possessão, além do surgimento de graves enfermidades e transtornos emocionais/psicológicos a médio e longo prazo, isto é, na atual encarnação e muito provavelmente nas futuras.



 


Texto extraído do livro Mediunidade com Kardec de Patrick Lima.

Capítulo 2: Mediunidade Sem Medo Pergunta 18: Posso perder a mediunidade?

Como citar: LIMA, Patrick. Mediunidade com Kardec. Poverello Edições, 2023. 1ª ed.



 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução de Salvador Gentile. 9ª edição. Editora Boa Nova, 2004.

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